A mineração tinha sido a razão do surgimento de MG como civilização integrada à colônia. Até então habitada por diversas tribos indígenas, nada se sabia a seu respeito, isolada que estava.
O período da mineração, que vai de 1700 a 1800, legou-nos um estado de
economia, civilização, arquitetura e cultura dinâmicas e inovadoras. que muito
contribuíram para um novo paradigma
civilizatório no pais.
Com a
queda da mineração, a agricultura, pecuária e o comércio, encontraram no estado
as condições propícias a seu desenvolvimento. O mercado interno com a grande
população que possuía, demandava essas atividades.
Por sua
interioridade foi obrigado a criar sua própria dinâmica civilizatória.
As
características do povoamento pela mineração, criou oportunidade para o
trabalho livre, surgindo a pequena burguesia , em especial de comerciantes, que
integraram o RJ e outras províncias à MG.
Os negócios de fato estão na alma do
mineiro, e o fazem com intensidade, até por uma questão de sobrevivência, dada
as peculiaridades de seu meio.
A dependência da produção de artigos de
outras províncias, aos poucos foi sendo superada. Passaram a ser
auto-suficientes em tudo, ou quase tudo. O comércio tornou-se pujante, no que
foi seguido pelas indústrias para suprir seu mercado.
Minas trouxe
a monetarização ao pais, pois era preciso pagar aos trabalhadores livres, em
dinheiro, o que espalhou a renda para além das gerais.
As necessidades de suprir suas carências,
e os preços abusivos praticados na região fez com que Minas tivesse grande
quantidade de teares, para produção de roupas, especialmente para os escravos,
bem como insipiente metalurgia, mas foram proibidos e mandados destruir pela
Rainha Maria I.
Por essa
época surge o Café no sudeste do pais. Os potentados mineiros, já tinham ouvido
falar que a bebida passara a ser muito
apreciado na Europa, e que seu valor era significativo. Resolveram investir na
plantação.
A demanda pelo café, mostrou-se uma boa
cultura para os ex-ricos mineradores, que procuravam por novas atividades
econômicas. A decadência da mineração,
liberou mão de obra e recursos financeiros, que acabaram por ser alocados na
plantação de cafezais no Vale do Paraiba, região do Estado do RJ. Cidades como Resende, Pirai, Vassouras,
foram lugares dos “barões” do Café, que se enriqueceram com o plantio, e
dominaram a vida econômica do pais no século XIX.
O chamado Ciclo do Café, teve muitos
dos ex ricos donos de lavras de Minas, entre seus componentes, por se terem
transladado para o Vale do Paraíba, onde voltaram a ser ricos e respeitados.
Assim, os de pouco capital ficaram
em Minas, e dinamizaram o estado, enquanto ao capitalistas vieram investir no
“ouro negro”,no RJ.
Assim fora
Minas pós-mineração. Centrou-se em suas
necessidades, criou patamares industriais, governativos, culturais e sociais,
cujos resultados oferta a todo pais.
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