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domingo, 27 de outubro de 2013

MINAS APÓS CICLO DA MINERAÇÂO

     
    A mineração tinha sido a razão do surgimento de MG como civilização integrada à colônia.    Até então habitada por diversas tribos indígenas, nada se sabia a seu respeito, isolada que estava.
         O período da mineração, que vai de 1700 a 1800, legou-nos um estado de economia, civilização, arquitetura e cultura dinâmicas e inovadoras. que muito contribuíram para um novo paradigma  civilizatório no pais.
   Com a queda da mineração, a agricultura, pecuária e o comércio, encontraram no estado as condições propícias a seu desenvolvimento. O mercado interno com a grande população que possuía, demandava essas atividades.  
Por sua interioridade foi obrigado a criar sua própria dinâmica civilizatória.
As características do povoamento pela mineração, criou oportunidade para o trabalho livre, surgindo a pequena burguesia , em especial de comerciantes, que integraram o RJ e outras províncias à MG.
        Os negócios de fato estão na alma do mineiro, e o fazem com intensidade, até por uma questão de sobrevivência, dada as  peculiaridades de seu meio.
        A dependência da produção de artigos de outras províncias, aos poucos foi sendo superada. Passaram a ser auto-suficientes em tudo, ou quase tudo. O comércio tornou-se pujante, no que foi seguido pelas indústrias para suprir seu mercado.
Minas trouxe a monetarização ao pais, pois era preciso pagar aos trabalhadores livres, em dinheiro, o que espalhou a renda para além das gerais.
      As necessidades de suprir suas carências, e os preços abusivos praticados na região fez com que Minas tivesse grande quantidade de teares, para produção de roupas, especialmente para os escravos, bem como insipiente metalurgia, mas foram proibidos e mandados destruir pela Rainha Maria I.
    
A alternativa para o cessamento das atividades mineradoras foi a agro-pecuária,  que se desenvolveu fortemente.
Por essa época surge o Café no sudeste do pais. Os potentados mineiros, já tinham ouvido falar que  a bebida passara a ser muito apreciado na Europa, e que seu valor era significativo. Resolveram investir na plantação. 
      A demanda pelo café, mostrou-se uma boa cultura para os ex-ricos mineradores, que procuravam por novas atividades econômicas.   A decadência da mineração, liberou mão de obra e recursos financeiros, que acabaram por ser alocados na plantação de cafezais no Vale do Paraiba, região do Estado do RJ.   Cidades como Resende, Pirai, Vassouras, foram lugares dos “barões” do Café, que se enriqueceram com o plantio, e dominaram a vida econômica do pais no século XIX.
          O chamado Ciclo do Café, teve muitos dos ex ricos donos de lavras de Minas, entre seus componentes, por se terem transladado para o Vale do Paraíba, onde voltaram a ser ricos e respeitados. 
           Assim, os de pouco capital ficaram em Minas, e dinamizaram o estado, enquanto ao capitalistas vieram investir no “ouro negro”,no RJ.

Assim fora Minas pós-mineração.   Centrou-se em suas necessidades, criou patamares industriais, governativos, culturais e sociais, cujos resultados oferta a todo pais.          

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