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domingo, 27 de outubro de 2013

ASPECTOS SÓCIO-POLÍTICOS-ECONÔMICOS DA MINERAÇÃO

A exploração econômica das terras brasileiras, naqueles idos do final do sec. XVI, dava-se pelo cultivo da cana de açúcar (principal) , fumo e algodão, em terras nordestinas.
       No Sudeste/Sul, a produção se limitava a agricultura de subsistência, pecuária, preação de índios, algumas incursões a procura de drogas do sertão, minérios preciosos, e, só.
       Assim caminhava o Brasil, até a descoberta de ouro nas Gerais.
Desde o princípio do sec. XVI, a procura de ouro e pedras preciosas, era incentivada pela coroa portuguesa.
Até que entre 1693 a 1698, deu-se as descobertas em suas terras. 

      Há varias controvérsias sobre o primeiro achado. Alguns afirmam que Borba Gato (genro de Fernão Dias, precursor da Entrada em MG) foi o primeiro a encontrar Ouro nas cercanias de Sabarabuçu, outros que um componente da bandeira de Antonio Dias o fez, ao pé do Pico do Itacolomy nas proximidades de Mariana.
     A partir daí, o país transformou-se radicalmente.
O centro econômico passou do nordeste para o sudeste. A capital, para maior controle da riqueza, transferiu-se de Salvador para o Rio de Janeiro (1763), e a economia inter-províncias se dinamizou.

        O afluxo de pessoas para a região, se deu de maneira bastante forte, com a emigração chegando a 100 mil pessoas em cerca de trinta anos.
A concentração de pessoas num mesmo local, inaugura a urbanização no país. De um país eminentemente agrário, representado pelos engenhos e casa grande do nordeste, passou a ter uma sociedade urbana, burguesa, com componentes da classe média e trabalhadores livres.
       A riqueza pela mineração aurífera, fez com que a coroa portuguesa
mudasse  paradigmas de governabilidade. Um novo aparato político-administrativo foi implementado, com fixação de um staff de burocratas
para maior fiscalização, a implantação de contratadores, batalhão de guardas e milicianos para impor a ordem entre a população.
       Foram criadas as Casas de Fundição, onde o ouro arrecadado
era quintado, ou seja, marcado com insígnia da coroa, para poder circular na província, ao mesmo tempo que se arrecadava o imposto do quinto, ou seja os 20% que era o imposto real.

         A riqueza trazida pela extração aurífera, tornou a região a mais rica da colônia, mudando paradigmas, enriquecendo pessoas e demonstrando, através da arquitetura Barroca de suas igrejas e casarios, o poderio econômico e social da região. Protestos houveram contra o abuso tributário da metrópole, como a Revolta de Felipe dos Santos em 1720, e a Inconfidência Mineira em 1789, mas logo sufocadas violentamente por forças da coroa.


       Hoje vemos o que foi aquele período pujante da história do país, cujo legado de suas construções Barrocas foi alçada a Patrimônio da Humanidade pela Unesco, não esquecendo das transformações sociais, com a ascensão de uma classe de trabalhadores livres, que ajudaram a edificar aquela sociedade.   

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