o país em todos os sentidos; social, política e economicamente. Mesmo com toda opressão da
coroa portuguesa, Minas deixou o legado em suas construções, cuja materialidade se encontra
nas hoje ditas, Cidades Históricas de Minas.
De simples arraiais, nos princípios da mineração, tornaram-se cidades pungentes com construções faustosas e belíssimas, e igrejas que bem traduzem os paradigmas daquela sociedade.
As construções do Barroco Mineiro são orgulho para os nativos, para o país e admirado por pessoas de todos os países. Cidades como Ouro Preto, Mariana, São João Del Rey, Serro, Sabará, Diamantina, Tiradentes, dessas cidades his bem traduzem o período magnânimo da extração do ouro, diamantes e outros minerais preciosos.
O principio de tudo ocorre em 1698, quando um componente da bandeira de Antonio Dias encontra ouro aos pés da Serra do Itacolomy , nas proximidades de Mariana e Ouro Preto. O afluxo de pessoas à região e o achamento do ouro trouxe riqueza e dinamismo à região. Minas portanto, é o mais significativo estado do país, no que se refere a história e no que influiu no desenvolvimento do país.
Abaixo breves peculiaridades dessas cidades históricas:
OURO PRETO: Pelo seu belo Patrimônio do Barroco Mineiro, tornou-se por aclamação da UNESCO, Patrimônio da Humanidade, e é a mais significativa das cidades históricas. Possui o maior conjunto de arte colonial barroca do estado, e do país. Aqui encontramos, além do conjunto arquitetônico das casas, as belíssimas igrejas de construção barroca, que são impar em sua beleza.
A topografia da cidade também é motivo de admiração. Aqui podem ser visitados o Museu
da Inconfidência (ex cadeia pública e onde se encontram os restos mortais dos inconfidentes)
localizada na praça principal da cidade; a Casa dos Contos, o Palácio dos Governadores (hoje
Museu Mineralógico. São locais que devem ser visitados por sua história e arquitetura.
MARIANA: A mais antiga cidade de MG. Possui também um acervo significativo de construções barrocas, com belas igrejas e construções coloniais. Foi o primeiro Bispado do estado.
Destaca-se a Matriz da Sé, o Museu Sacro, com as belas pinturas de Mestre Athaide. A cidade está a apenas trinta kms de Ouro Preto, e podem ser visitadas simultaneamente . No caminho entre as duas cidades, podem ser visitados acervos da época da mineração.
SÃO JOÃO DEL REY: Foi o centro de comércio da época da mineração. O antigo Arraial de N.S. do Pilar ou Arraial Novo do Rio das Mortes, também teve achamento de ouro nos ribeirões de seu entorno, mas não foi tão significativo quanto nas cidades vizinhas.
S.João Del Rey também possui construções barrocas, porém menos numerosas. Destaca-se o Museu de Artes Regionais, o Museu Histórico Thomé Fortes, a casa de Bárbara Heliodora, os Chafarizes e o Pelourinho.
O comércio da cidade não a fez sentir tanto a decadência da mineração. É a maior cidade do ciclo da mineração. Outros pontos turísticos: Igreja de N.S.do Rosário, o Largo do Rosário onde se encontram belos casarios coloniais; Igreja de N.S das Mercês; Igreja de N.S.do Pilar; Igreja N.S.do Pilar;Igreja N.S. do Carmo; o Solar da Baroneza; o Solar dos Neves, e outras. Suas ruas estreitas do período colonial, é demonstrativo do período aurífero.
SABARÁ: O antigo Arraial de Sabarabuçú é considerado o arraial mais antigo de MG. Foi fundado pelo bandeirante Borba Gato, genro de Fernão Dias Paes Leme, o pioneiro desbravador dos sertões de Minas. Fugira de um suposto assassinato de um enviado da coroa portuguesa , a ele atribuído. Temeroso da prisão fugira para a região de Sabará, onde viera a encontrar ouro. Era o ano de 1675, e Borba Gato demorara vinte anos a rever sua família em São Paulo.
Sabará por isso faz parte do roteiro das Cidades Históricas de Minas. Possui grande acervo de arquitetura Barroca, tal como as outras cidades históricas. Foi elevado a categoria de Vila em l7ll, e cidade em 1838. Seu casario colonial Barroco encontra-se em trechos “tombados” no centro da cidade. Destaque para o Solar do Padre Correia (um dos Inconfidentes) construído em 1733, com escadarias de alto padrão e trabalhada, a Casa Azul, o Teatro-Ópera (visitado por D.Pedro I). A cidade também possui vários chafarizes do período colonial.
As várias igrejas, também merecem, ser vistas por sua singularidade,destacando-se a Capela de N.S.do Ó, de l7l7, ainda intacta e de uma arquitetura impar. É a mais representativa do período, ainda existente, de dimensões pequenas , de uma só porta, um caso impar em MG. A de N.S.da Conceição de 1710;ade N.S.do Carmo de 1763, com adornos de Aleijadinho; a de N.S.das Mercês de 1781; N.S.do Rosário de l713, foi feita pela irmandade dos homens pretos ; existem ainda as de N.S.de Assunção e a dês.Fco de Assis. A Casa da Ópera ou Teatro Municipal foi construída em 1733, e reformada em 1819. Ali realizou-se várias óperas e peças teatrais,e foi o primeiro teatro do país. A cidade também possui relíquias da época aurífera, como a Casa da Intendência, Fundição do Ouro, com seus objetos de época como mobiliários, pratarias, artes sacras, louças, etc.
TIRADENTES: A antiga São José Del Rey, foi o local de nascimento de Tiradentes, cujo pai era pequeno latifundiário nas cercanias. Em seus riachos, também foi encontrado ouro, e desenvolveu sua arquitetura barroca, em proporções menores que Ouro Preto, de onde dista apenas quinze kms. É considerada,por sua similaridade, uma mini Ouro Preto. Possui igrejas e casarios coloniais, ruas de alto valor histórico, chafarizes, e bons restaurantes. Anualmente promove um grande Festival de Cinema, quando afluem pessoas de todo o país e do exterior.
DIAMANTINA: Quem se lembra do filma “Chica da Silva? E do ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira? Pois é, ambos são de Diamantina. Os dois são conhecidos de todos os brasileiros. A primeira por ter sido a escrava amante do contratador de diamantes João Fernandes, e o segundo por ter sido o mais dinâmico presidente do Brasil; construtor de Brasilia e de muitas outras obras que deram nova face ao país.
Como o próprio nome indica,é a terra dos Diamantes. O antigo Arraial do Tejuco, local de nascimento de Chica da Silva, esposa do Contratador de Diamantes João Fernandes, negra escrava alforriada, e do ex presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira (1955/1960), o mais dinâmico presidente do país e criador de Brasília, tem, além dessas pessoas famosas, uma história famosa.
O território da cidade era habitado pelos índios Botocudos, e desde muito era visitado por pernambucanos e baianos. Foi entretanto, o bandeirante Jeronimo Gouveia, em 1720, que subindo o Rio Jequitinhonha, numa de suas paradas próximo ao Rio Grande, veio a encontrar ouro. O local se encheu de aventureiros. Dez anos mais tarde, descobriu-se diamantes. Em 1730 foi elevada a categoria de Arraial. Tal como em outras cidades auríferas, foi se formando as aglomerações urbanas, e com a riqueza, novos patamares arquitetônicos com casario e igrejas barrocas.
Até então só na Índia se achava diamantes, o que se pode imaginar a euforia. Sem condições para a exploração, concede a particulares a extração do diamante.Seriam os famosos Contratadores.Um de cada vez.Foi famoso o Sr.João Fernandes,marido de Chica da Silva, considerado o mais rico do período no país. Diamantina foi crescendo tomando características sociais um pouco diferente das outras cidades mineiras, mas seguiu os mesmos desígnios arquitetônicos. Com o esgotamento dos veios diamantíferos, e a exploração na Africa do Sul, tal atividade foi sendo abandonada, mas a cidade seguiu voltada para a agro pecuária e o comercio.
Pelas fraudes e contrabandos, a Coroa extingue o regime de Contratação, e cria em 1771 a Real Extração, que duraria até l835. No período de exploração diamantífera, calculou-se em três milhões de quilates o volume arrecado, uma fortuna incalculáve. Com o decréscimo da produção, a cidade voltou-se para a agro-pecuária, o comércio, pequenas industrias e artezanato. Mais tarde a cidade descobriu sua vocação para a música e atividades ligadas. Tornou-se a cidade das Serestas, e por isso recebe grande quantidade de turistas durante todo o ano. Turística é também seu entorno, com uma natureza privilegiada e local de prática deesportes radicais. Vale a pena a visita pelos motivos acima e sua bela arquitetura colonial barroca, o tornaram festeiro e musical, daí ter se tornado a cidade das Serestras do estado
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