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domingo, 12 de maio de 2013

ASPECTOS SÓCIO-POLÍTICOS-ECONOMICOS DA MINERAÇÃO


A atividade econômica de exploração da terra brasileira, dava-se sobretudo na produção do açúcar nas terras nordestinas, no cultivo do fumo e algodão.

Com a descoberta do ouro, muita coisa mudou na colônia. A capital transladou-se de Salvador para o RJ: o centro econômico, com o ouro, passou a ser o sudeste; houve uma integração entre as províncias que passaram a fornecer gêneros para Minas, como gado do RS, mulas do interior paulista, carne seca do nordeste; artigos manufaturados desembarcados no porto do RJ, etc.

O pais inaugura o urbanismo em sua sociedade. Até então um pais agrário, capitaneado pelos senhores de engenho, centralizados na “casa grande”, e de populações rarefeitas no campo, passa a ter uma sociedade agrupada, urbana, reflexo da concentração populacional nas minerações.

A produção de açúcar, fumo, algodão, e ervas amazônicas, passam a segundo plano, visto a riqueza que trouxe o ouro.

Com um produto altamente valorizado, foi preciso mudar os paradigmas administrativos da colônia. Novos conceitos políticos e administrativos foram implantados, como técnicas fiscalizadoras, paradigmas de governança, aparelho burocrático, militares, novos ordenamentos sociais em decorrência da urbanização, atribuições das câmaras municipais, etc. Minas, de fato, mudou a colônia.

A aglomeração de pessoas num mesmo local, originou uma nova sociedade, com estrutura mais democrática e liberal, padrões de conduta não tão rígidos, como nos engenhos nordestinos, o surgimento de uma classe desvinculada do escravismo, logo uma classe média sem sujeição à um senhor, enfim uma sociedade burguesa e urbana, vinculada aos novos tempos que estavam por vir. A ascensão social na sociedade mineira, torna-se possível.

Trabalhadores livres dedicavam-se a várias atividades que a sociedade demandava, eram: artífices, artesãos, funileiros, mestre de obras, escultores, pintores, alfaiates, tropeiros, professores, entalhadores, advogados, comerciantes, etc. Esses trabalhadores construíram esta nova sociedade, com mais liberdade e criatividade, e foram responsáveis pelas magníficas construções do Barroco Mineiro. Contudo, essa mesma sociedade teve seus aspectos depreciativos, como, maior opressão e cerceamento por parte da coroa portuguesa, visando evitar a evasão tributária: as condições de vida afrontosas aos escravos faiscadores, que tinham expectativa de vida de sete anos; e as políticas protecionistas por parte dos governadores aos potentados locais.

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